domingo, 31 de maio de 2015

O Melhor de Mim.


   Eu te disse quando acabou - “a porta da amizade sempre vai estar aberta” – e eu pretendia cumprir, lembrar só dos momentos bons, continuar te dando só o melhor de mim. Eu não sei se assim está bom pra você, mas eu acho que ambos temos falhado miseravelmente nessa missão.

  Será que um dia eu vou poder olhar pra você e não sentir nada? Não ter esperança de que um dia a gente vai voltar? Te dar conselhos com garotas, e te pedir sobre os caras com que eu vou sair?
A gente vai poder falar naturalmente, sem que qualquer coisinha lembre a gente daquele dia que a gente tentou jogar videogame? Ou do dia que você pegou o violão e a gente cantou e tocou junto. Será que eu vou poder ouvir a sua banda favorita e não sentir aquela dorzinha pensando  que você nem deve lembrar das músicas que te mostrei?

   Não vou mentir, não te amo menos agora. Eu achava que ia ser fácil transferir esse sentimento pra outra área, mas não tá sendo fácil. Ainda existem muitas feriadas abertas, e desculpe se de vez em quando eu jogo alguma verdade cruel sobre o que a gente passou na sua cara – eu queria te dar apenas o melhor de mim, mas as vezes eu não consigo evitar.

   E você nunca me prometeu nada, mas eu acreditei que você também foi sincero e queria levar a sério essa história de amizade. Consigo ver você se esforçando em alguns momentos, que me faz acreditar que um dia você podia ser meu melhor amigo. Mas também sinto você me afastando, e isso dói tanto quanto da primeira vez que a gente decidiu que ficar juntos não estava dando certo.

   Não está dando certo. Mas você quer tentar de novo? Vou estar lá pra segurar a sua mão quando você precisar e você me empresta o seu ombro quando eu quiser chorar. Não é uma ideia bonita? Concordo em te dar o melhor de mim se você me der o melhor de você.
   Olha, não posso te garantir que vai dar certo, mas estou disposta a tentar... Você vêm?


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*Post inspirado pela música My Best -Vanessa Carlton.




sábado, 9 de maio de 2015

Trilha Sonora - The Heart Wants What it Wants

Trilha sonora é quase que a coisa mais importante na minha vida, a trilha sonora certa pode transformar qualquer coisa, deixa a vida mais mágica, parecendo um filme. Então eu tinha que fazer uma coluna sobre isso também xD.

Confesso que tinha um certo preconceito com a Selena Gomez, nunca fui fã de música pop que puxa pro eletrônico, embora existam exceções. Não existem muitas músicas da Selena que eu particularmente goste de ouvir, mas The Heart Wants What It Wants me ganhou.

Acho que todo mundo costuma gostar mais de músicas com que se identificam muito, mas eu também gosto de saber exatamente sobre o que a pessoa estava escrevendo, gosto de saber a história toda, o que provavelmente explica muito o porque gosto tanto de Taylor Swift.

The Heart Wants What It Wants, todo mundo sabe, foi escrita sobre o relacionamento conturbado da Selena com o Justin Bieber (e esse é aquele momento que você pensa "que merda, tô me identificando com uma música sobre o Bieber?" - aham, você está!).

"Save your advice 'cause I won't hear
You might be right, but I don't care
There's a million reasons why I should give you up
But the heart wants what it wants"

Quem nunca, né?

Me apaixonei pela música por causa desse cover aqui da Holly Henry, que fez uma versão linda que te faz duvidar se é a mesma música e apreciar a letra sem preconceitos:


Pra completar, Selena apresentou pela primeira vez essa música no AMA (american music awards) 2014, tendo certeza que Bieber assistiria é muito notável o quanto ela se emociona cantando. Lorde e Taylor Swift emocionadas no fim da apresentação é um show a parte que vale a pena assistir.




Poesia - Ashe Vernon

Poesia é uma daquelas coisas coisas muito pessoais, que não existe um modelo certo que agrade todo mundo, e confesso que tenho dificuldade em encontrar poesias que seja do estilo que eu goste, mas é tão incrível quando acontece! Então decidi fazer posts pra mostrar pro mundo esses autores /o/ (haha)

Bom, vou começar explicando que acho muito mais fácil escrever, qualquer coisa, em inglês, e poesia não é uma exceção.

Ashe Vernon é uma estudante universitária de 21 anos que mora no Texas, tem um livro publicado e um mar de poesias incríveis cheias daquela sinceridade que a gente nem sabia que a gente não consegue externar. Conheci ela recentemente no tumblr e adoro toda e qualquer coisa que ela posta.








Algumas das minhas poesias favoritas dela:


"i think the funniest thing is that
i never actually told you i was in love with you
and yet i still talk about you like an open wound.
i wonder
if you would even see yourself
in these poems if you read them.
i wonder if you’d invent another boy who
loved me better or
loved me worse and
attribute all this leftover heartache to him."

— LONELY POET CRACKS JOKES


"you and i aren’t ever
going to work out, and i know that.
it’s why i don’t call the number 
i still have in my contacts 
(even if i sometimes text it. i’m not quite 
strong enough to cut you out, yet.)
i haven’t talked to you in weeks, but this morning,
i caught myself imagining your voice 
on the other end of the phone. i imagined fixing 
all the sideways scaffolding in my chest that
only felt like clutter, after you finally left.
i imagined moving in with the boy you are, instead
of the one i wanted you to be.
when we were dating, i told my parents that
you were the only person i could ever see myself
settling down with.
and i wish i didn’t still believe that."
— LONELY POET WRITES TO THE ONLY BOY SHE EVER (ACTUALLY) LOVED


"my love for you was so quiet. it hung back,
in the white noise of my heartbeats; it climbed
in the guest bedroom window;

it stepped up behind me and
tapped me on the shoulder, so gentle.
my love for you was nothing like you were–

bright and brash and bigger than any room
you ever stepped into. we fell into kissing,
a little clumsy, a little cocksure,

and it was nothing like fireworks.
kissing you was like coming home after
leaving the door unlocked, and finding

everything exactly where i left it.

kissing you was like never leaving home at all.
my love was so gentle, so soft, so open-armed,
that it didn’t ache–not even a little–

that we never finished what we started.
so you didn’t love me back
and i didn’t mind it.

because i carried a love like swing sets in sunlight,
and you rocked my whole world
just by being a part of it."
— JUST FRIENDS

"I cannot be your strong northern wind and
I cannot stop the darkness when it finds you.
But I will hold your weary hands
and sit with you through the storm.
I am no wiseman; 
I have no sagely words of advice.
But I will curl up beside you
and ache with you.
I will soak up your tears in the hem of my shirt.
I will be there, behind you, to help you keep balance
until your legs are strong enough
that you can stand all on your own.
I cannot fight your demons,
but I can kiss them
when you are too afraid to.
I can love you
when you think you don’t deserve it.
I can open my door
when you start to feel
like every way is closed to you.
I can kiss you goodnight.
I can kiss you.
I can kiss you."

- THIS IS FOR YOU

Caso tenham interesse de saber mais sobre ela aqui vão os links:
https://twitter.com/lackadazed
http://latenightcornerstore.com/
http://www.amazon.com/Belly-Beast-Ashe-Vernon/dp/0692300546

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Antes de fechar a porta



Eu também queria que as coisas fossem naturais e fáceis nessa área. Aquela coisa de filme que o casal acaba de se conhecer e instantaneamente sabem que aquela é a pessoa certa. A vida real não é assim, não a nossa nem a de ninguém.Tudo isso leva tempo, dá trabalho, causa umas noites sem dormir. E eu admito: não é nada fácil abrir a porta e deixar alguém entrar, porque todo mundo já fez isso uma vez na vida e se fodeu. Mas a gente tem que fazer de novo, porque se a gente deixa a porta fechada ninguém mais entra, e quem ta lá dentro e não deveria estar nunca sai.

 Tenho pensado muito sobre finais ultimamente.
A vida é muito parecida com aqueles filmes indies com finais subjetivos que eu não gosto, sempre preciso de um final explicito pra por o ponto final no livro e começar um novo.
Então quando as coisas chegam ao seu final não pode ser fechando a porta devargarzinho ou deixando ela entre aberta com os dizeres: to be continued...
Se é pra acabar que acabe batendo a porta com força!

 Eu vou precisar te contar sobre todas as vezes que eu voltei pra casa ouvindo Taylor Swift e chorei no ônibus por sua causa;
E todas as vezes que andei pela rua ouvindo música feliz so fucking happy, me sentindo em um filme, por sua causa também;
Vou te contar que eu achei que te amava por algum tempo, que te idealizei, que esperava cada mensagem e dissecava cada palavra tentando desvendar o que você queria dizer por trás do que dizia, onde muitas vezes nem tinha nada;
E te contar que da última vez que te vi percebi que não te amava ainda, e isso foi um alívio porque você obviamente não me ama, então de certa forma a gente estava uma página mais perto do que eu achava.
 Mas não importa muito que eu não te ame, porque eu te adoro.

 Eu não sei o que aconteceu ou quem é essa garota que te fez sofrer tanto que te deixou com tanto medo de abrir a porta de novo. Possivelmente ela nem faz idéia de que você gostava dela, tipo aquela história da menina que você via no ônibus, você nunca tomou uma atitude pra tentar ficar com ela e então o momento passou.
As pessoas mudam muito em pouco tempo, e hoje ela nem deve ser quem você idealizou. O grande plot twist de todo amor platônico - a pessoa nunca é tão perfeita quanto a gente imagina. E colocar um fim em toda essa fantasia faz parte. Finais explícitos lembra? Ou você toma coragem e diz pra ela que quer tentar com ela, ou você assume o encerramento dessa história e abre o livro da próxima.
Eu queria ser o proximo livro. Não aquele que você lê só de vez em quando, quando tá entediado, não aquele tipo de leitura que você passa os olhos sem entender uma palavra, não aquele que fica um mistério sem ser resolvido, não um livro inacabado. Você foi o meu livro favorito, que eu li mil vezes e descobri um segredo aqui e ali que eu não tinha notado de primeira, decorei meus quotes favoritos, recitei eles over and over pra mim mesma, e li tantas vezes o final esperando que fosse diferente, sabe aquela parte que você grita pro personagem "O que você tá fazendo? Não vai praí!", nunca funciona, mas ainda assim a gente grita.
Acho que o livro acabou de vez agora, eu cansei de ler, já te contei sobre as trilhas sonoras e revelei o último mistério. Fechei a porta, mas ela tá destrancada, viu? Quem quiser entrar vai ser bem-vindo. E eu só espero que depois que você tiver coragem de ler o final daquela história antiga, que você possa colocar esse tapete na frente da sua porta pra alguém se sentir bem-vindo ao querer entrar, e não dar de cara com a porta como eu.